Liberdade e intolerância religiosa à Luz da Bíblia Sagrada
Os tribunais judiciais -em todo o mundo- estão lotados de pendências em função da dificuldade humana em não aprender e sequer praticar seus direitos e deveres.
Do desrespeito ao direito alheio e da inobservância de seus próprios deveres, as pendências e litígios se propagam como fruto dos desentendimentos, violências, e agressões, refletindo a intolerância regente em todos os níveis da sociedade.
Guerras e conflitos também dão testemunho da incapacidade humana de viver em paz e com respeito ao semelhante.
Jogos de interesse norteiam o mundo moderno e geram o caos precursor da Grande Tribulação, descrita no Livro de Apocalipse.
Mas a questão dos direitos e deveres individuais foram, há séculos, explícitos por Jesus Cristo através do Evangelho. Pelo menos para nós, cristãos, a leitura da Bíblia Sagrada é fonte de direito, de justiça, de amor, de respeito ao próximo. A falta do ensino bíblico às nossas crianças tem produzido gerações de intolerantes, que desconhecem os princípios básicos que devem formar e nortear o caráter do ser humano. A rejeição à proposta cristã tem produzido frutos de muito ódio, violência e crimes em escalada crescente em todo o planeta, sinalizando o fim dos tempos predito no Livro de Daniel, trazendo consigo consequências irreversíveis para toda a humanidade. O fim vem!
Liberdade religiosa
A liberdade religiosa é garantida pela Bíblia Sagrada, embora as Escrituras ressaltem a diferença entre Luz e trevas. O campo da Luz é Jesus Cristo e seu Evangelho. A liberdade religiosa decorre do direito ao livre arbítrio. O livre arbítrio é, na Bíblia Sagrada, o direito de aceitar ou rejeitar a verdade de Deus e de, insatisfeito com ela, moldar suas próprias opiniões espiritualistas.
Livre arbítrio
Devido ao livre arbítrio, a humanidade tem misturado santo e profano, o que dificulta identificar o caminho certo que conduz a Deus. Sabedor disso, Cristo nos ensina que o caminho estreito é o que conduz à vida espiritual verdadeira. É o caminho apertado, que exige mudanças, requer santidade, imagem e semelhança a Cristo, através do novo nascimento. Por ser cheio de espinhos, o caminho estreito tem grande rejeição. Como alternativa à Bíblia Sagrada, a mente humana tem idealizado e organizado milhares de religiões que, embora tenham em comum o "buscar a Deus", ao misturarem o santo e o profano acabam se constituindo em campo das trevas, orquestrado por satanás. Para Deus não existem meias verdades, porque para Ele um pouco de fermento leveda toda a massa.
A intolerância religiosa
Quanto a intolerância religiosa, esta foi proibida na ordem de Cristo, quando aconselha amar até mesmo os caídos, rebeldes e perdidos. Mesmo sendo o detentor de toda a Verdade, jamais Cristo ordenou qualquer tipo de perseguição ou intolerância contra aqueles que discordam da fé em Jesus. Isso está bem claro no conselho de Cristo quando Pedro, para defender a Jesus e evitar sua prisão, saca da espada e corta a orelha de Malco. Imediatamente Jesus, recolocando a orelha em seu devido lugar, alertou a Pedro sobre o perigo espiritual da violência: Guarda a espada. Todo aquele que à espada ferir, à espada será ferido.
Falsas religiões devem ser toleradas por causa do livre arbítrio
As Escrituras Sagradas ensinam que os adeptos de falsas religiões e suas doutrinas ignoram seus próprios erros. Seguem doutrinas que são fruto da mente humana e/ou da mistura do santo e do profano. São, por Deus, considerados caídos (espiritualmente); mas Cristo nos ordena a levar-lhes a mensagem da Cruz, única capaz de libertá-los das astutas ciladas religiosas orquestradas por satanás:
E disse-me: Filho do homem, eu te envio aos filhos de Israel, às nações rebeldes que se rebelaram contra mim; eles e seus pais transgrediram contra mim até este mesmo dia.
E os filhos são de semblante duro, e obstinados de coração; eu te envio a eles, e lhes dirás: Assim diz o Senhor DEUS.
E eles, quer ouçam quer deixem de ouvir (porque eles são casa rebelde), hão de saber, contudo, que esteve no meio deles um profeta.
¶ E tu, ó filho do homem, não os temas, nem temas as suas palavras; ainda que estejam contigo sarças e espinhos, e tu habites entre escorpiões, não temas as suas palavras, nem te assustes com os seus semblantes, porque são casa rebelde.
Mas tu lhes dirás as minhas palavras, quer ouçam quer deixem de ouvir, pois são rebeldes.
Mas tu, ó filho do homem, ouve o que eu te falo, não sejas rebelde como a casa rebelde; abre a tua boca, e come o que eu te dou.
Então vi, e eis que uma mão se estendia para mim, e eis que nela havia um rolo de livro.
E estendeu-o diante de mim, e ele estava escrito por dentro e por fora; e nele estavam escritas lamentações, e suspiros e ais. - Ezequiel 2:3-10
Liberdade religiosa é opinar e expressar; intolerância é confusão e agressão
Em suma, a liberdade religiosa é assegurada tanto pela lei dos homens quanto pela Bíblia Sagrada. O mesmo acontece como a intolerância religiosa, que na lei dos homens é proibida e na Palavra de Deus também é reprimida. Uma serve de limite à outra. Há liberdade de opinião e expressão, mas não de confusão e agressão. Então, falar a Verdade de Deus para os homens, quer gostem quer não gostem de ouvir, é obrigação do servo de Jesus Cristo, que deve sempre se lembrar que Deus garante a diversidade religiosa e também cobra respeito ao próximo. É como a máxima jurídica: O nosso direito termina onde começa o direito de nossos semelhantes.
Comportamento cristão ideal
Assim, nós, cristãos submissos ao ensino do Evangelho, não abrimos mão de levar a Mensagem da Cruz, doa a quem doer, e isso não é crime, é Palavra de Deus. Mas o limite da pregação evangélica é a intolerância, que em momento algum temos o direito de praticar. Esse é o respeito ao semelhante, praticado pelos discípulos de Jesus, que tem sido mortos e perseguidos através dos séculos e em todos os países do mundo, sem jamais levantarem as mãos e buscarem nas armas o livramento esperado. Mas a Justiça divina está por vir e, quando vier, nem a sepultura poderá esconder os transgressores e rebeldes ao Evangelho de sofrerem a ira de Deus. Nem mesmo a morte os livrará da ira divina. A morte física será revertida para que os rebeldes à Palavra de Deus sofram o Juízo do Trono Branco e recebam o dano da segunda morte, eterna no lago de fogo, onde realmente o espírito não morre, mas sofre eterno desespero, por ter rejeitado a Mensagem salvadora de Jesus Cristo:
E diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro - Apocalipse 6:16
A primeira morte atinge a carne, é física. A segunda morte atinge o espírito e é eterna. Essa morte espiritual é eterna separação de Deus, na presença do diabo e seus demônios, todos lançados no lago de fogo, onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga. Marcos 9:48 - Pr. Wagner Cipriano
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